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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Post de domingo #31

Confesso que precisei consultar o blog pra ver qual seria o número deste post. 
É estranho que no blog de uma estudante (quase formada! tentando me motivar um pouco) de literatura não haja sequer um post sobre livros. O problema é que eu acabo lendo coisas para a faculdade, e até pra isso falta tempo, às vezes. Não seria muito divertido eu postar aqui "Nossa, li um livro muito interessante escrito por Bram Stoker e publicado em 1897. Recomendo!" 
Nas últimas semanas, porém, tive férias curtinhas e pude ler um pouco. Então hoje, finalmente inauguro a tag "Eu li" do blog. :)

Entre Assassinatos - Aravind Adiga

Aviso antes que não estou recebendo cachê nenhum para divulgar o livro. Como eu digo no perfil, alguns livros são lazer, outros trabalho. Este foi trabalho, mas gostei bastante. 

A história
O livro é divido em 14 histórias passadas na cidade fictícia de Kittur, no período entre os assassinatos dos líderes indianos Indira Gandhi e de seu filho Rajiv. A partir delas o autor retrata a vida na sociedade Indiana atual, que desfruta de um cenário repleto de belezas naturais mas que também sofre com a terrível desigualdade.

Porque eu gostei
Se eu disser que conhecer novas culturas é sempre interessante estarei mentindo. Dependendo da forma como a informação é transmitida pode ser BASTANTE chato. Lembro de decorar nomes de pessoas que nem sabia direito o que fizeram, guerras que ocorreram por motivos que não eram muito bem explicados e achava tudo uma grande inutilidade. E daquele jeito era mesmo.
Eu sempre penso que é melhor conhecer os lugares sem guias turísticos, horários marcados e lojas de lembrancinha a cada esquina. 
O livro de Aravind Adiga me pareceu uma visita à Índia real, pelos olhos dos indianos. Se é realmente, não tenho como afirmar. Mas foi uma maneira interessante de conhecer um pouco de outra cultura, muito diferente da minha experiência com os livros didáticos.


julietJuliet, nua e crua - Nick Hornby
Nick Hornby é um dos autores que eu tinha a impressão de que iria gostar de ler antes mesmo de ter lido. Não me enganei. Li Alta Fidelidade na época mais perfeita possível e desde então comprei a maior parte dos livros dele (alguns ainda chorosos na minha prateleira aguardando leitura).
Juliet passou a frente na fila simplesmente porque estava lá. Comecei a ler durante uma viagem de ônibus demorada e só não terminei no mesmo dia porque sono e cansaço falaram mais alto.

A história
Duncan e Juliet vivem juntos há 15 anos num casamento que pode ser muito bem definido pela palavra "comodismo". 
Duncan é fã incondicional de Tucker Crowe, um cantor da década de 80 de quem ninguém mais parece lembrar, apenas um grupo muito pequeno de seguidores que se reunem em um site para especular sobre o paradeiro do artista.
O lançamento da versão naked do álbum de maior sucesso de Tucker tem enorme efeito na vida de Duncan e Annie. E, após se separar de Duncan, Annie consegue o impensável da forma mais inusitada, fazer contato com o recluso Tucker Crowe após publicar uma resenha sobre seu novo álbum.

 Porque eu gostei
Juliet  está longe de ser o melhor livro de Nick Hornby. Não me "apeguei" muito a nenhum dos personagens. Para dizer a verdade, detestei Duncan. 
O livro é divertido, mas deixa um pouco a desejar, principalmente  para quem já conhece outros livros do autor.
Mas se tem uma coisa que os livros do Nick Hornby têm de bom são as quotes. Como não estou com o livro aqui, peguei algumas em inglês na internet mesmo. Infelizmente não encontrei a minha preferida em que uma velhinha vê Duncan chorando sozinho e pergunta o que aconteceu, ele mostra o iPod e ela pergunta "Você está chorando por causa de uma música?" e vai embora. Me identifiquei... As que postei aqui são de Annie.


"Would it really have been so much worse to spend those years alone? Why did there have to be someone else in the room while she was eating, watching TV, sleeping? A partner was supposed to be some mark of success: anyone who shared a bed with someone on a nightly basis had proved herself capable in some way, no? Of something?"

"How could she, when she wasn't able to use some of the cornerstones of her vocabulary-words like Atwood and Austen and Ayckbourn? And that was just the As. It was terrifying, the prospect of having to engage with another human being without those crutches. It meant exposing something else, something more than bookshelves."

Boa semana!

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