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domingo, 27 de junho de 2010

Post de domingo #19


-Dando continuidade a minha lista de filmes essenciais ainda não vistos, hoje assisti "Jules et Jim" (Uma mulher para dois) de François Truffaut. O filme de 1962 é um dos representantes da Nouvelle Vague, que tem por característica, de maneira bastante simplificada, a experimentação, o rompimento com valores morais e o foco não mais nos estúdios ou nas grandes estrelas cinematográficas, mas sim nos diretores.

No filme de Truffaut há o triângulo (se é que é realmente um triângulo) amoroso entre os amigos Jules (Oskar Werner) e Jim (Henri Serre) e a ousada Catherine (Jeanne Moreau).

Os dois se conhecem e rapidamente se tornam amigos, sendo conhecidos até como Dom Quixote e Sancho Panza. Jules e Jim não se incomodam nem de dividir as mulheres com que se relacionam, porém isso muda quando Jules conhece a instável Catherine.
A Primeira guerra mundial tem início e os dois amigos são obrigados a lutar em lados opostos. Neste período ambos temem a mesma coisa: tirar a vida do amigo que luta no lado inimigo.
A guerra finalmente tem fim e Jim pode visitar seu amigo, agora casado com Catherine e pai de Sabine. Jim a princípio inveja a vida feliz dos dois mas logo percebe que a vida  do casal não era  tão perfeita quanto aparentava.
Ao saber através de Jules que Catherine já havia tido casos extra-conjugais Jim sente que pode finalmente declarar seu amor por ela.

Confesso que esperava algo diferente do filme. A personagem de Jeanne Moreau é de longe a que mais foge a expectativa que se tem de uma mocinha de filme francês romântico. Catherine é, como já mencionei, instável e tem uma visão de amor bem diferente. Segundo ela o amor não é duradouro, ele tem início, acaba e  talvez volte até a acontecer.
Jules é extremamente passivo. Para ele estar perto de Catherine é o suficiente. Mesmo que para isso tenha que aceitar o(s) relacionamento(s) da mulher com outro(s) homem(ns).
Quanto a Jim... Jim, na minha opinião, não sabe o que quer. Ele tem também uma imagem idealizada de Catherine, a da estátua pela qual se apaixonou antes de conhecê-la. E assim como sua musa, ama e desama com extrema facilidade.

A frase do início do filme resume bem a história
"Você disse: 'eu te amo', eu disse: 'espere', eu disse: 'sou sua' e você disse: 'vá embora'".

Recomendo Jules et Jim. E se não valer a pena pela história, vale a pena pela música bonitinha, interpretada por Jeanne Moreau.





Boa semana!

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